Boa noite! Primeiro, quero dizer pra todos, que domingo e segunda serão os dias que ninguém irá postar, só se houver algum tipo de necessidade, então só postarei aqui na quarta-feira. Eu prometei que sempre procuraria falar sobre algo legal né. E hoje, sei lá, eu fiquei pensando que faltam um pouco mais de 2 anos pra toda essa fase escolar acabar e eu me lembro perfeitamente quando eu pensava sobre tudo acabar e hoje vejo que o tempo passa extremamente rápido, e não é "sobre tudo acabar", é apenas o início de tudo, o início de começarmos a andar com as nossas próprias pernas, sem depender dos pais para tudo e um dia sem depender deles para nada, infelizmente :/. Hoje eu fui numa lanchonete com o meu pai e tinha a seguinte frase: Só tem direito a fiado, pessoas maiores de 90 anos, acompanhadas dos pais. E eu fiquei pensando, é verdade, se eu chegar até essa idade, eu vou estar sem os meus pais e pra mim, a maior dificuldade, uma das maiores, se não a maior da vida, é perder alguém, ter que aceitar essa viagem sem volta e sem despedida e pior ainda, dos seus pais, não me imagino sem eles... mas isso vai acontecer e o tempo não para. Mas voltando, hoje em dia, eu paro pra pensar e o tempo é o que temos de mais precioso, sem dúvidas. E o que vem acontecendo é que o ser humano está ficando cada vez mais sem tempo e tinha que ser o contrário. Uma época que marca bastante isso é essa época de transição de escola/faculdade. É meio que um choque, você é obrigado a tomar uma decisão, a escolher uma profissão aos 17 anos, e pior, a se adequar a toda essa loucura, a fazer milhares de cursos pra vencer toda essa concorrência, a pressão é muito grande e você sente na pele, e mais que isso, você descobre que não tem saída. E tem muitas pessoas que não tem tempo pra sua família, só trabalham e quando chegarem aos 90 anos e lembrarem dos seus pais, ou dos seus filhos, vão pensar: não tenho mais os meus pais, não vi os meus filhos crescerem e agora o que eu tenho? Uma boa carreira profissional? E o resto? Nem aproveitei nada. Mas já vai ser tarde demais. E outra coisa que eu venho reparando é que na rua, de manhã, ou na famosa hora do rush, você vê milhares de pessoas, milhares de carros, uma correria sem igual e tudo pra que? Pra sustentar tudo isso, essa vontade, quase que involuntária, porque desde que nascemos convivemos com isso, de consumir muito, de querer ter tudo e na hora que queremos. Então pessoas acordam cedo pra produzir, pra vender, pra sustentar tudo isso. Parece aqueles discursos de socialistas, mas é verdade e uma verdade que muitos não percebem. As pessoas querem tudo com pressa, se estressam com a demora, perderam o ritmo calmo da vida. Na internet, por exemplo, tudo tem que ser rápido, se demora um minuto apenas, você se estressa, tem que ser tudo instântaneo. E a gente esquece que são as coisas simples, as coisas feitas sem pressa, que ficam pra sempre na nossa memória e que não precisamos de toda essa loucura, precisamos de muito menos. E sobre essa transição escola/faculdade/trabalho. Daqui a 2 anos, um pouco mais que isso, todos aqueles amigos da escola que mantivermos o contato, um belo dia vamos ligar para eles e marcar de sair e aí alguém vai responder: não posso, vou trabalhar; não posso, vou pra faculdade. E é estranho pensar nisso, enxergar todo mundo do colégio com uma profissão, uma família; é estranho pensar no futuro, no que vai acontecer e é até fascinante, porque sempre tem algo por vir. Se você prestar atenção aos lugares que você ia e ver hoje, as pessoas que os frequentam, as pessoas que nasceram na sua família, primeiro, você vai chegar a conclusão de que você nunca imaginaria que certas coisas aconteceriam, é como se a vida te levasse a lugares que você nunca imaginou estar e segundo, você descobre que estando aqui ou não, a vida não para, a sua família vai mudar, pessoas nascerão e tudo vai continuar, aquele almoço em família no domingo, vai continuar acontecendo, com ou sem você. Então, vou finalizar com um poema geniál do Mário Quintana.
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Até a próxima! Reservem mais tempo para vocês mesmos, valorizem mais o amor, os seus pais, a sua família, os seus amigos, todas essas coisas simples... porque isso é o que realmente vale a pena na vida. Beijos! E esse final ficou parecendo auto-ajuda, mas é sério.